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Agenda 39º

Orquestra Clássica do Politécnico do Porto

Orquestra Clássica do Politécnico do Porto

Domínio da arte e da cultura representa hoje, e cada vez mais, um importante vínculo entre as Instituições de Ensino Superior e a sociedade civil, sendo um dos eixos fundamentais da ação do Politécnico do Porto. Assumimos como imperativo o desafio cultural, como um diálogo prioritário com a sociedade e um compromisso com a própria comunidade do P.PORTO.
Somos hoje um espaço de reflexão e produção de novo conhecimento, reconhecido. Somos também agentes culturais inseridos num complexo criativo que dialoga em profundidade com os mais diversos protagonistas da programação local, nacional ou internacional; que forma profissionais de excelência na área, cujo reconhecimento ultrapassa fronteiras; que articula, de forma sustentada e crítica, a diversidade científica do nosso portfólio; que, por fim, sendo esta a nossa derradeira missão, abre-se à sociedade, garantindo um leque variado de exposições, conferências, cinema, concertos e festivais, colaborando ativamente na dinâmica cultural das cidades onde temos presença. Todos estes eventos permitem a aquisição de competências adicionais imprescindíveis, a partilha de ideias e um leque de informação específica, contribuindo para a formação de cidadãos dotados de uma cultura transversal, aberta e global.
Somos um ecossistema cultural, onde valores como a responsabilidade, a crítica, o rigor e a liberdade marcam tanto a dimensão artística, como científica, essenciais ao exercício de uma cidadania ativa. Estamos convictos do poder criativo, critico e transformador da cultura como um impulso determinante para uma mudança positiva da sociedade.
A Orquestra Clássica do Politécnico do Porto (OCPP) é, neste horizonte programático, um dos mais recentes projetos. Um projeto longamente acarinhado, destinado a um complexo de estudantes e alumni que possuem uma sólida formação instrumental, musical e artística e que ainda não se encontram no mercado de trabalho performativo. É nossa responsabilidade identificar e apoiar o talento e a excelência da nossa comunidade e dar-lhes palco: uma estrutura orquestral semiprofissional, na fronteira da formação e do mundo laboral.
João Rocha
Presidente do Politécnico do Porto

A arte dos instrumentos musicais na idade média

A arte dos instrumentos musicais na idade média

Os instrumentos musicais ocupam um lugar importante na redescoberta e reconstituição actual da Música da Idade Média (séculos XII a XV).
Até um período recente, os musicólogos dispunham apenas de uma informação escassa sobre os instrumentos e o seu uso no contexto da produção musical secular. Actualmente, podemos formar uma imagem muito mais nítida da realidade histórica, sobretudo no que diz respeito aos instrumentos musicais utilizados no espaço cultural ibérico no período trovadoresco. Os instrumentos musicais são hoje considerados e estudados como objectos de Arte em si mesmos, e não apenas como veículos de outra arte: a Música. podemos hoje reflectir sobre as relações entre as Artes Liberais e os instrumentos, bem como a sua dimensão simbólica ou o reflexo das mentalidades em certas técnicas com implicações musicais. A importância dos instrumentos musicais no espaço peninsular neste período é-nos transmitida por numerosos testemunhos literários e iconográficos. Começando pelo Codice Calixtino (séc. XII), que nos refere a utilização de numerosos instrumentos musicais usados pelos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela e nos fornece também alguns textos musicais, e, terminando com o extenso poema do Arcipreste de Hita no Livro de Buen Amor (séc. XIV), encontramos uma completíssima nomenclatura organológica do período medieval. O complemento iconográfico é essencial para a reconstituição moderna, sendo este fornecido, entre outras fontes, pelas esculturas dos pórticos das catedrais de Santiago e Orense (séc. XI e XII) ou o menos conhecido portal da igreja de San Martin de Noya, Galiza (séc. XV), ou em Portugal os casos do pórtico do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha, ou da igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, ambos do século XV. Temos também as iluminuras de manuscritos como o do Códice do Escorial, das Cantigas de Santa Maria ou as do nosso Cancioneiro da Ajuda (séc. XIII e XIV), etc. Complementando esta informação dispersa , sobrevivem alguns tratados manuscritos dos séculos XIII e XIV com figuras que nos fornecem a identificação cabal dos instrumentos musicais, dos seus nomes e de algumas técnicas específicas a eles aplicadas.
Concluindo, pretendemos com este espectáculo dar a conhecer a riqueza instrumental dum período que geralmente se associa às formas mais estáticas da musica religiosa que excluíam o uso dos instrumentos musicais, ilustrando de forma viva o uso dos mesmos nas práticas musicais seculares.

© Pedro Caldeira Cabral 2021

Ensemble Darcos

Ensemble Darcos

Esta ópera de bolso retrata o mundo surreal do pintor espanhol Salvador Dalí através dos olhos da sua companheira-musa Gala. Tendo como única protagonista a figura de Gala, interpretada pela soprano espanhola Conchi Moyano, revela a mulher como inspiração múltipla e central no desenvolvimento do surrealismo ímpar de Dalí, e serve como ponto de partida para uma transposição do universo da sua obra aos dias de hoje, onde a digitalização das relações tomou proporções desafiantes e absurdas. Gala como a mulher que não assistiu ao movimento #Me Too, mas... e se tivesse participado, haveria Dalí? As girafas continuariam o seu passeio exótico de pernas longas?

Nuno Côrte-Real

Quarteto Lopes Graça

Quarteto Lopes Graça

Através de três décadas, tive o prazer de participar várias vezes no Festival Música em Leiria nas diversas modalidades da minha atividade de intérprete: contrabaixo solista da Orquestra Gulbenkian, membro fundador do Opus Ensemble e recitais com piano, em duo com Olga Prats. Esse longo percurso permitiu-me comprovar a sempre renovada vitalidade cultural e a solidez institucional sem fissuras deste encontro anual com a boa música, que hoje já ultrapassou a sua dimensão regional para se afirmar como uma das melhores manifestações do seu género em Portugal.
Aceito, portanto, esta “Carta Branca” com humildade e sincero reconhecimento.
Para além da minha presença como instrumentista, o projeto inclui outros aspetos ultimamente preponderantes na minha vida musical: a composição e a pedagogia.
No repertório deste concerto convoquei dois gigantes: Alberto Ginastera e Astor Piazzolla. Eles são, no meu entender, os maiores criadores musicais argentinos do Século XX. Demostrando mais uma vez a profunda causalidade das aparentes coincidências, eles tiveram relação de mestre/discípulo. Atipicamente, a modernidade do mestre não foi o caminho seguido pelo ilustre discípulo, que enveredou por uma audaciosa renovação do tango que, paradoxalmente, jamais tentou sair do sistema tonal. Sem ousar comparar o incomparável (as pessoas de estatura normal sabem que não devem competir com gigantes), a minha relação pedagógica com os meus colegas mais jovens avança por um trilho mais previsível, em que a pulsão inovadora da juventude frequentemente evade-se das recomendações professorais. A música de Diego Kovadloff exemplifica isso mesmo; está mais próxima da contemporaneidade do que a minha, que vive e respira dentro do sistema tonal.
Os misteriosos enigmas de Constança Capdeville também estarão presentes, na obra que me dedicou nos anos 80.
A poesia cantada de Portugal e Espanha ocupará um espaço preferencial neste programa.
Nas minhas “Três Canções...” escolhi grandes vozes femininas provenientes de três séculos de poesia portuguesa (Marquesa de Alorna, Florbela Espanca e Natália Correia) e meu colega e discípulo Diego Kovadloff homenageia dois poetas contemporâneos portugueses: José Luís Peixoto e David Erlich, em estreia absoluta. Pela sua vez, Alberto Ginastera interpola poemas de Juan Ramón Jiménez, Federico García Lorca y Rafael Alberti no universo alucinante do seu Quarteto de Cordas nº 3 com soprano.
Uma produção deste gabarito não seria possível sem a profunda cumplicidade dos seus intérpretes. Natasa Sibalic, Luís Pacheco Cunha, Eliot Lawson, Isabel Pimentel e Catherine Strynckx honraram o empreendimento com a generosa dádiva da sua dedicação e o seu talento.
Para eles, o meu afetuoso agradecimento.

Alejandro Erlich Oliva

As Guitarras Bem Temperadas

As Guitarras Bem Temperadas

Khytar 12.6
Projeto que reúne os guitarristas Miguel Amaral e Pedro Rodrigues.
Guitarras Bem Temperadas.
Guitarra Portuguesa, Guitarra Clássica e Johann Sebastian Bach. Eis-nos perante o universo do recital Guitarras Bem Temperadas. Junção aparentemente distante. Fruto da nossa vontade de trazer cada vez mais música para os nossos instrumentos, mas sobretudo, fruto de uma das mais belas características da obra genial em questão: o seu carácter universal, a sua pluralidade. A naturalidade com que se deixa apropriar. A generosidade com que se sente em casa numa combinação instrumental que, em relação ao período barroco, surge tão peculiar. A partir daqui, há todo um mundo sonoro em descoberta. As semelhanças com o cravo, com o alaúde e toda uma porta aberta para que esta música se posso ouvir, mais uma vez, como uma novidade.
Miguel Amaral e Pedro Rodrigues levaram o seu recital em 2020 ao Fora do Lugar – Festival de Músicas Antigas e ao 13º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu.
Para este ano, o duo irá editar o seu primeiro CD.

As Guitarras Bem Temperadas

As Guitarras Bem Temperadas

Khytar 12.6
Projeto que reúne os guitarristas Miguel Amaral e Pedro Rodrigues.
Guitarras Bem Temperadas.
Guitarra Portuguesa, Guitarra Clássica e Johann Sebastian Bach. Eis-nos perante o universo do recital Guitarras Bem Temperadas. Junção aparentemente distante. Fruto da nossa vontade de trazer cada vez mais música para os nossos instrumentos, mas sobretudo, fruto de uma das mais belas características da obra genial em questão: o seu carácter universal, a sua pluralidade. A naturalidade com que se deixa apropriar. A generosidade com que se sente em casa numa combinação instrumental que, em relação ao período barroco, surge tão peculiar. A partir daqui, há todo um mundo sonoro em descoberta. As semelhanças com o cravo, com o alaúde e toda uma porta aberta para que esta música se posso ouvir, mais uma vez, como uma novidade.
Miguel Amaral e Pedro Rodrigues levaram o seu recital em 2020 ao Fora do Lugar – Festival de Músicas Antigas e ao 13º Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu.
Para este ano, o duo irá editar o seu primeiro CD.

El Retablo de Maese Pedro

El Retablo de Maese Pedro

Numa parceria com a S.A. Marionetas, a OFB levará a cena El Retablo de Maese Pedro, uma obra de Manuel de Falla que conta uma passagem da célebre obra de Cervantes, Don Quixote, através de um espetáculo de marionetas. O compositor recria com a sua música um ambiente medieval, recorrendo a uma escrita neoclássica que combina diferentes épocas e estilos, desde a música antiga, o folclore, música de carácter litúrgico e linguagens mais vanguardistas.

Tirando partido da curta duração da obra (cerca de 30 minutos), o espetáculo será antecedido de uma parte com carácter pedagógico em que o narrador explicará, acompanhado de exemplos musicais extraídos da própria obra, o contexto da história, a época em que decorre, o contexto literário do seu autor, o contexto da sua composição e ainda a demonstração da ilustração musical dos personagens e das cenas, dando assim também a esta produção um carácter pedagógico e tornando-a num espetáculo para todas as idades.


Orquestra Filarmonia das Beiras
S.A. Marionetas - José Manuel Valbom Gil, Natacha Costa Pereira, Sofia Olivença Vinagre
Vera Silva, Trujamán
Pedro Cruz, Mestre Pedro
Tiago Matos, D. Quixote
Jorge Castro Ribeiro, apresentação
Rita Castro Blanco, maestrina convidada


ópera e humor

ópera e humor

The Opera Locos é uma peculiar trupe de ópera, formada por cinco excêntricos cantores, que se prepara para apresentar um recital com repertório dos maiores compositores do género. Ao longo da performance, as paixões e desejos ocultos de cada um deles serão revelados, o que trará consequências malucas e imprevisíveis. Será uma noite inesquecível!
Cinco cantores líricos são os protagonistas de The Opera Locos, um espetáculo de comédia operística em que os grandes sucessos da ópera se fundem com outros estilos musicais da forma mais original. Com uma encenação única, estética cuidadosa e senso de comédia de Yllana, The Opera Locos consegue criar uma experiência nova e diferente quando se trata de vivenciar a ópera e, acima de tudo, aproxima-la de todos os públicos de uma forma nova, inusitada e divertida.

Autópsia

Autópsia

Tudo o que amamos está prestes a morrer.

Está sempre tudo prestes a morrer.

A aflição vem em ondas de dor e de luto.

Lá onde o corpo fica excluído da compreensão, restam os lugares abandonados. Lugares de memoria abertos a outros acontecimentos. Lugares de mutação à espera de uma transformada existência.

E depois da avalanche como tudo é tão frágil!

Tudo está aí à nossa frente mas, no entanto, há histórias que não estão escritas em lado nenhum. Coisas de nada… Singularidades frustradas.

Dissecar o mau estar de cada um de nós. Matar cada um de nós. Autopsiarmo-nos.

A repetição… a repetição… a repetição… sem fim como as ondas, como a vida e a morte ou o nascimento e a morte, o dia e a noite…

As dores…

Olga Roriz
Janeiro de 2019

Concerto de Homenagem a Astor Piazzolla

Concerto de Homenagem a Astor Piazzolla

Sob a direção do maestro António Vassalo Lourenço, e com a participação do bandoneonista, cantor e compositor argentino Walter Hidalgo, a Orquestra Filarmonia das Beiras apresentará um programa de homenagem a Astor Piazzolla, quando passam 100 anos sobre o seu nascimento, recordando algumas das suas composições, num espetáculo único. O programa conta ainda com composições originais de Walter Hidalgo.

Orquestra Filarmonia das Beiras
Walter Hidalgo, bandoneón
António Vassalo Lourenço, direção

100 anos de Astor Piazzolla

100 anos de Astor Piazzolla

Porque o ano de 2021 marca o centésimo aniversário de Astor Piazzolla (1921-1992), apresentamos um concerto inteiramente dedicado a um génio incompreendido na sua época, principalmente no seu país. Criou o "Nuevo Tango", e, como tantos outros ao longo da história, foi apontado por não "seguir a tradição". Contudo, Astor era um espírito aberto sempre à procura de inovação naquela que é a sua música, foi esse o ímpeto que a tornou tão especial e tão verdadeiramente sua - destacando-se pelo seu estilo tão característico e idiossincrático.
Neste concerto viajaremos por sonoridades que nos levam mais além, desde o sentimento mais profundo e triste até ao lugar onde a felicidade rejubila, num espectro de emoções inigualável. Segundo Enrique Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar", mas também ele nos eleva e transmuta, permitindo-nos transitar de emoção em emoção, de sensação em sensação, bastando-nos anuir pela sua magia.

Mestre António Chaínho convida Rão Kyao

Mestre António Chaínho convida Rão Kyao

Se a guitarra portuguesa é um símbolo de um país, Mestre António Chaínho é um dos seus mais notáveis embaixadores. Os seus mais de 50 anos de carreira traduzem as múltiplas emoções deste instrumento único no mundo e o talento inigualável de um dos "50 músicos mais influentes da World Music", segundo a revista internacional Songlines.

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