Abraham Cupeiro
Construtor e multi-instrumentista, o que caracteriza Abraham Cupeiro é a recuperação de instrumentos perdidos no tempo e utilizá-los para criar novas sonoridades e entrelaçá-las em músicas que lhe são estranhas.
Estudou trompete no RCSMM e depois concluiu o mestrado em Interpretação de Música Antiga na Universidade Autónoma de Barcelona.
Porém, embora a sua formação seja clássica, sempre se sentiu atraído por todos os tipos de música. Assim, desde cedo integrou grupos de folk, jazz, música antiga...
Como instrumentista, destaca-se por ser uma das poucas pessoas que toca Karnyx (trompete celta da Idade do Ferro). Recentemente foi convidado para testar o Karnyx de Tintignac, que é o único que apareceu inteiro em 2004.
Resgatou do esquecimento instrumentos enraizados na cultura clássica, como o grego Aulòs e o romano Cornu.
É também o promotor de um instrumento ancestral da tradição galega: a corna. Instrumento que seu avô tocava e que aparece nas iluminuras de Alfonso X.
O seu interesse pela organologia levou-o a obter uma coleção de mais de 200 instrumentos de todo o mundo e de diferentes épocas. É uma coleção que ensina como concerto-monólogo sob o nome Resonando en el Pasado.
Abraham recupera e constrói vários instrumentos, e toca com eles desde a sua música até a música de hoje, e mistura-os com formações modernas.
Estas misturas podem ser vistas na sua obra Compromiscuo com o acordeonista bielorrusso Vadzim Yukhnevich, bem como em obras escritas especificamente para ele, como o Concerto Mistério de Wladimir Rosinsky com a Orquestra Sinfónica Galega.
Outros compositores que escreveram para Abraham foram: Bernd Redman, Enrique Rueda e Mark Pogolski.
Los Sonidos Olvidados (Os Sons Esquecidos) é um projeto que foi gravado com a Filharmonía de Galicia sob o selo Warner Classics.
Após a sua estreia, foi apresentado por diversas orquestras em Espanha, Europa e América.
Em 2018 lançou um novo projeto: PANGEA, que foi gravado em novembro de 2019 com a Royal Philharmonic de Londres no Abbey Road Studios, e foi lançado em setembro de 2020 também com o selo Warner Classics.
Em 2023 lança um novo projeto: MYTHOS, que é gravado novamente no Abbey Road com a Royal Philharmonic de Londres em dezembro do mesmo ano.
Entre as orquestras com as quais tocou estão Sinfónica de Galicia, Real Filharmonía de Galicia, Royal Philharmonic, Mahler Chamber, Philharmonic of Gran Canaria, Orquesta Sinfónica de Bilbao, Orchester National de Bretagne, Kymi Sinfonietta, Vaasa City Orchestra etc.
Foi solicitado pela violinista Patricia Kopatchinskaja para o projeto Les Adieux, na Philharmonie de Berlim e no Laeiszhalle de Hamburgo, entre outros.
Compôs a trilha sonora do filme María Solinha e colabora com a companhia 14th Street, vencedora do Oscar Hans Zimmer.
Colabora regularmente nos desfiles de moda de Adolfo Domínguez, realizando actuações ao vivo.
Trabalha também no projeto de divulgação científica Neuston 3, que tenta sensibilizar a população para a importância do Oceano nas nossas vidas.

Vent a Cinc
O quinteto de sopros Vent a Cinc foi criado em 2010 com a motivação dos seus integrantes em terem a liberdade de escolher um repertório que lhes permita desfrutá-lo sem limites de qualquer espécie. Estes cinco músicos partilham a ideia de levar obras-primas da história da música a públicos mais pequenos e próximos.
No entanto, é objectivo do grupo mostrar ao público as composições originais mais interessantes e relevantes escritas para este grupo, bem como colaborações com outras artes performativas como a dança. Há alguns anos incluem em seu repertório um espetáculo com o grande solista Abraham Cupeiro. Além disso, por serem professores, também incluem em sua programação a interpretação de histórias musicais com narrador.
Ao longo deste tempo, o grupo tem actuado regularmente em concertos da agenda cultural da Câmara Municipal de Llíria e realizado projectos em colaboração com outras Câmaras Municipais e entidades privadas, realizando inúmeras actuações como no Palau de la Música de Valência, na Semana Internacional de Música de Câmara de Montserrat, na inauguração da Sala de Concertos “José Mª Malato” da Banda Primitiva de Llíria, na Bienal Musical de Buñol, na Série de Concertos da Casa de La Señoría de Olocau, no Ciclo de música ao Castell de Dénia, na Junta Municipal de Música de Pozuelo de Alarcón, entre outros.
Em outubro de 2021, o Vent a Cinc foi galardoado com o Prémio “Jaume I” da Câmara Municipal de Llíria, pela sua carreira. Neste concerto o Vent a Cinc apresenta-se em formato de septeto.